quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Quando o amor vacila

"Eu sei que atrás deste universo de aparências,
das diferenças todas,
a esperança é preservada.

Nas xícaras sujas de ontem
o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que não suporto ouvir,
e dela não me conformo.

Eu acredito em tudo,
mas eu quero você agora.

Eu te amo pelas tuas faltas,
pelo teu corpo marcado,
pelas tuas cicatrizes, 
pelas tuas loucuras todas, minha vida.

Eu amo as tuas mãos,
mesmo que por causa delas
eu não saiba o que fazer das minhas.

Amo teu jogo triste.

As tuas roupas sujas
é aqui em casa que eu gostaria de lavar.

Eu amo a tua alegria.

Mesmo fora de si,
eu te amo pela tua essência.
Até pelo que você poderia ter sido,
se a maré das circunstâncias
não tivesse me banhado
nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais
e na vida sem tempo, quando,
sozinho, vou a mais um lugar que gostaria de ir contigo
no fim de semana.

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas.

Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas
e pelos teus sonhos inúteis.

Amo teu sistema de vida e morte.

Eu te amo pelo que se repete
e que nunca é igual.

Eu te amo pelas tuas entradas,
saídas e bandeiras.

Eu te amo desde os teus pés
até o que te escapa.

Eu te amo de alma para alma.
E mais que as palavras,
ainda que seja através delas
que eu me defenda,
quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis,
quando o próprio amor
vacila."

Fernando Pessoa. 

sábado, 5 de novembro de 2016

Uma coisa muda.


O lugar é o mesmo, as pessoas são as mesmas mas, uma coisa muda e faz com que tudo mude. A sensação de perda de tempo talvez vá ocupar o importante lugar do aprendizado que só se tem depois de anos de trabalho. Tudo muda, mas não se esconda nas sobras tentando buscar alguém ou alguma coisa a quem culpar, seus valores não o deixaram fazer isso. Filósofos, pensadores e pessoas comuns já relataram coisas assim, mas Rocky Balboa (ou o roterista dele) disseram uma vez: “Não importa o quão forte você bate, mas o quanto você aguenta ser atingido, se manter em pé e continuar caminhado, pois ninguém vai bater em você tão forte quanto a vida, que é maravilhosa, mas se você deixar, ela vai te fazer se arrastar pelo chão”. Por isso é importante estabelecer e manter valores que o identificam e que ajudem você a reconhecer quem você é. A gentileza e cordialidade também vão ajudar, e muito, quando você for atingido por um soco da vida ou por essa coisa que mudou. Um amor, família e amigos também podem mudar, mas te-los por perto é tão importante para se reconhecer quanto os valores que você construiu. Bruce Lee disse: “Be Water my friend”. Você tem que ser como a água e se adaptar para onde quer que você seja levado, pois a agua pode fluir ou destruir. Um ciclo se fecha, deixa fechar, outros vão se abrir, flua até eles e deixa o aprendizado passado agir ao lado do novo. Suportar é uma questão de se adaptar, continuar é converter tudo que foi aprendido em novas conquistas que vão chegar, mais cedo ou mais tarde, vão chegar. O lugar é o mesmo, as pessoas são as mesmas mas, uma coisa muda. Que bom. 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Obvio.


Hoje você me trouxe o obvio em forma de presente.
Com cheiro de sono, o que é evidente me foi dado cedo pela manha.

Como a florista que colhe as flores ainda em botão, cedo, em sua mão.
Você as me trouxe para que se abrissem tarde, em minha mão.

Existe algo de encantador no obvio
Algo que cativa, mas que não é meu.

A flor do obvio evidencia a beleza.
Explicita o quão macio são suas pétalas,
Evidencia a delicadeza de toda sua estrutura,
E o quão forte é o simples fato de ser obvia e de ser flor.

Nunca me encantei com com o obvio
Sofri, penei, me perdi e esqueci caminhos
Que sempre desejei trilhar.
Deixei a ansiedade do tempo tomar conta do tempo.

O teu obvio amor, me foi o presente que nunca tive.
Que neguei por tanto tempo e insistentemente em receber.
O teu obvio amor, foram em mim flores
Que não permiti que florescessem.

No presente, estou pronto para o que nunca tive.
Preciso e quero ser possuído por teu obvio,
E quero ser o obvio teu.

Obvio, Te amo.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Até para de pensar.

Hoje decidi correr até parar de pensar.
Acordei, senti o ar ocupar cada membrana em meu pulmão. 
Vesti a roupa que encontrei. 
Coloquei a nossa música. 
Comecei a caminhar e no primeiro cruzamento que fui atravessar um carro que vinha rápido me fez correr para não morrer. A agua de meu suor começou a sair.
Dai então iniciei a busca pelo meu objetivo: correr até parar de pensar. 
Passo por passo, fui me colocando onde deveria estar. Correndo e pensando passei a sentir, sentir que coisas não tão boas estavam acontecendo, mas coisas boas também aconteciam
Senti de leve um pé meu tocar o chão enquanto o outro voava em busca do próximo passo. Senti o impacto em uma das panturrilhas enquanto a outra sentia o ar ser dividido pela minha canela. Olhava em direção ao chão, atento as imperfeições da rua, esperto com os carros que vinham. No chão, eu achava folhas, galhos, insetos, embalagens.
Ainda sem parar de pensar, eu pensava, corria e sentia como e quando que cada folha havia caído e o motivo da existência de cada uma delas, sentia a função de tudo que estava pelo chão, podia ver o momento do nascimento das coisa pelas quais pisava, eu até podia sentir tudo isso. Continuava a soar. Algumas árvores baixas me fizeram desviar dos galhos e olhar pra o horizonte e ver, pessoas, pássaros, frutas e carros. Pude sentir e entender como cada pássaro voava, como cada pessoa vivia, o que algumas delas ouvia e como elas sofriam. Cada árvore que resistia ao vento que soprava forte, eu podia sentir o esforço de sua resistência, esforço esse que a fazia crescer, o que eu também podia sentir, a dor e o prazer do crescimento lento de cada árvore que cruzava. Corria e sentia meus joelhos sendo complacentes com meus calcanhares e absorvendo junto com eles o impacto da gravidade que me segurava ao chão, junto aos insetos, folhas, raizes das árvores, os carros. Todos nós unidos pela gravidade, a gravidade dos instantes, a gravidade da urgência das coisas, dos amores, das dores, das decisões, das perdas, da morte. Senti ali, naquele segundo, a gravidade de amar e me sentir mais pesando depois disso, senti a cartilagem dentre a junção de cada osso do meu corpo pressionada, e como a árvore,  percebi que não só ela mas eu também crescia a cada passo, a cada vento contra minha canela. Quase que podia sentir o sangue levar Oxigenio a cada órgão meu que era exigido enquanto eu suava, corria e pensava, mas eu queria parar de pensar. Percebi que parte de meu suor eram lagrimas, ou todo meu suor era, cada gota que deixei pelo caminho eram como folhas que as arvores deixaram pelo caminho. Mas eu deveria correr até parar de pensar, dai então percebi que as células, cada uma delas estavam lá, ou melhor, aqui, e lá estavam as moléculas, lá e aqui e em todo o lugar. Respirei cada uma delas, respirei as pessoas, as árvores, os insetos, o ar a luz a agua e voltei a pensar no amor e na sua gravidade que conecta células e as moléculas onde que elas estejam. Dai senti mais leve porque vi que árvore não pesa, árvore se sustenta anti a gravidade, e amor não grave, não é peso, amor se sustenta em moléculas em células em ossos, em músculo, em mãos, em pele, em beijos, em sorrisos e em amor. Vou correr até parar de pensar. As musicas já se repetiam a tempos e tocavam  a cada vez em outra harmonia. Mas eu deveria correr até parar de pensar. Então parei, eu já era tudo aquilo que estava perto de mim, e que o amor me trazia de distante, parei de correr e passei a pensar sem correr. A pensar, a sentir sem sofrer.

sábado, 25 de junho de 2016

Relatos sobre a mudança.

Relato 1.

Dai você está pronto, preparado, percebeu que está vivo e que pode viver o que decidir fazer porque não tem mais aquelas ideias e pensamentos que o prendiam a uma rotina de vida, que por anos fez sentido, mas agora já não cabe mais, não é mais gostoso, perdeu a razão. 

Antes foi bom, e me abriu espaço em vários lugares inclusive no coração de tantas e tantas pessoas. Ainda abro sorrisos em meu rosto por causa das lembranças e das historias que vivi. Mas passou, ficou, agora é o novo e estou disposto ao novo, comprometido com a mudança, com as mudanças que quero ser. 

Relato 2.

Depois de pronto nada acontece. Achei que fosse algo natural, eu não gosto mais do que fazia no passado, agora vou fazer coisas diferentes, decidido isso tudo aconteceria, as pessoas perceberiam, tudo ficaria mais leve e eu seria mais feliz. 

Nada disso aconteceu, tudo ficou igual, inclusive eu. O que mudou foi minha vontade de mudar, então tá, por onde começar? Mas espera, vale a pena começar? Pra que mudar? Mudar para quem? Mudar porquê? O que de fato mudaria? Quero ser mesmo tão diferente assim? E se no fim eu não gostar dessa mudança, até porque para quem eu queria mudar não me quer mesmo mudado. Não quer me dar nem a chance de ser diferente. 

Eu não sou capaz de mudar, e agora acho que não sou capaz de mudar nem a minha vontade de mudar. Mudar não existe, posso me transformar, mas mudar não existe. Não posso ir atrás da ilusão que tive de um dia ser diferente, aquilo nunca foi nem um sonho e não passou de uma ilusão que alguém alimentou em mim. 

Não vale a pena, o que vai ser se na vida as coisas voltam sempre a isso, já passei por isso uma vez, e vou passar por isso de novo, acordar viver trabalhar e dormir torcendo para sonhar com vida, pois não há nada além da mecânica que são as relações pessoais, de trabalho e do dia a dia. Isso tudo é igual, nuanças, tem, mas até as nuanças são semelhantes. Se eu ainda fosse um bom poeta eu poderia escrever sobre isso tudo, mas não sou, estou muito, mas muito distante disso. Agora mesmo não consigo nem escrever, pois tudo, absolutamente tudo está igual. Blasê, sem propósito! 
Mudar ... Mudar ... Mudar. Nada acontece tudo fica igual, o rosto das pessoas, são iguais, as musicas, cantam as mesmas frases sobre a vida, tristezas e alegrias. Os jovens são todos iguais, os velhos são iguais e velhos, o trabalho as contas são diferentes mas os problemas, iguais, os projetos pessoais para mudar o mundo vão mudar um mundo igual. Eu também sou igual. Eu sou igual não mudei e já me esgotei de tanto ser desse jeito e não me deram nem a chance de ser diferente, me condenam a ser igual, continuar a viver igual, não faz sentido. 

Talvez os lugares mais diferentes, agradáveis e gostosos, fossem próximo dos amigos e a cobertura de prédios bem altos. 

Relato 3.

Vida! Vida? No que existe vida? No que há vida? O que é vida? 
Achei que mudar me daria mais vida, mais vontade de conhecer essa nova vida. Mas não, não há vida mais, só o dia a dia, o igual, o que acontece, acontece, mas é dai? Respirar fundo continua sendo um alívio bastante promissor, entretanto tenho que respirar novamente logo depois e depois e depois e observar enquanto respiro os problemas continuarem e minha vontade de mudar não surtir nenhum efeito positivo em mim e nem em ninguém próximo a mim. Pois quem me ama, ama o eu antigo. 

Talvez isso seja a vida, deixar ela caminhar, respirar e observar as mesmas coisas acontecerem e vez em quando se surpreender com algo que vai acontecer novamente em breve até o final de minha vida. 

Vou deixar as mudanças para amanhã, a vida não me deixou alcança-las assim como não posso alcançar quem desejo. 
Hoje respirar no topo de prédios passou a ser mais atraente do que respirar ao lado de meus amigos.

Relato 4. 

Continuar, sorrir quando for sofrível ficar surpreso quando for previsível. E tudo, absolutamente tudo está cada vez mais e mais previsível, inclusive as tragédias do dia a dia ou "ZICA" ou "inferno astral". Consigo agora prevê-las como uma cartomante de rua sabe sobre seu futuro.

Esse é meu passatempo, ficar pensando no que fiz e no que está acontecendo, crio histórias na minha cabeça e imagino o que eu poderia ter feito diferente de tudo que fiz, principalmente com ela e também comigo. 

Fui negligente, mas tão negligente que negligenciei o compromisso que existia comigo mesmo e isso destruiu o que havia de mais precioso entre nós. E eu já vinha destruindo isso em mim aos poucos antes mesmo de conhecê-la. Enfim, preciso gastar o crédito que tenho na florista, ela disse já não quer minhas flores. Dia das mães está aí e dona Rute também, então ninguém mais merecedora do que ela, está na estação das tulipas e acho elas uma das mais lindas flores que existem, e como elas nascem no frio, pode ser faça nascer algo em mim. 

Relato 5 

Tulipas. Como são lindas as tulipas e delicadas, e fortes, e sensíveis, quase posso ver a fibra que compõe cada fração de suas folhas e suas pétalas. Posso sentir o cheiro doce do seu pólen, consigo sentir as moléculas que vibram, posso sentir a energia da vida que há nela, da vida que transformou os minerais que vivem na terra em cores, na cor verde das folhas e na cor vermelha escura de cada pétala, vejo como se deu o branco que abriga cada haste firme que segura a vida, o pólen, preciosa ferramenta que da continuação e perpetuação da vida. Uma transferência sintropica do que há de vida ali para a vida em outro lugar. Dona Rute chorou quando eu cheguei com o café da manhã e as tulipas, imaginei como deveria ser para ela ver sua criação, sua vida trazendo tanta vida assim em minhas mãos, vida em forma de flores, tulipas e carinho, e também chorei, pois, senti a vida que ela me deu dentro de mim e nela e nas tulipas, e no ar que respirávamos juntos abraçados, via em sua pele a mesma vida, as mesmas fibras e moléculas que existiam na flor e em mim, sentia vibrar cada próton, cada elétron da vida que havia ali, em mim, nela e nelas. Coloquei um beijo em sua testa, as flores sob a mesa, o café e o pão na cozinha. Foi como se eu tivesse sacado a resposta e sentisse que a vida e algo sublime, uma compreensão acima de mim e de todos nós, mas que pode ser transmitida com a história, afinal se há vida algo pode ser contato sobre aquilo, há história em tudo e se há história ou se pode haver história, há vida. Há vida em tudo, EM TUDO, até no que já se foi, um dia essas flores deixaram de existir, mas alguma abelha há de ter levado seu pólen e produzido o mel, que alimentou o homem que hoje vive, da vida da flor da abelha e do mel. E se a flor mudou, ou se transformou em homem porque eu não posso ser terra, se flor, ser árvore, ser abelha, ser homem, ser ela? Basta eu assumir o que fiz o que sou e definir o ponto de destino no que quero ser no lugar confortável que que estar pois onde esto não está mais, como já disse. Posso assumir tudo o que eu estiver disposto a ser, não vai ser fácil, não está sendo, mas é essa jornada são os passos lentos que me fará não só mudar mas ser a mudança, agir como diferente. Ser o mesmo, mas mudar. 

Relato 6. 

Sim, há história em tudo, ha vida em tudo, basta estar atento. Atento ao amor que vive nas coisas vivas inclusive as coisas que supostamente não estão vivas, objetos e todo o tipo de coisa, naquilo também há vida. Essa efetivamente foi a primeira coisa que mudei em mim, e ver esse processo como aconteceu me deixou tão feliz, tudo fez sentido, o caminho que percorri quando assumi o que não mais me dava prazer me fez acreditar que eu não mudaria, que nem valesse a pena é que efetivamente seria impossível ser diferente. 

Mas ficou claro que algo em minha essência mudou, ainda não sei exatamente o que, mas mudou e hoje ela se apresenta pra mim como um desejo, o desejo de mudar. Entendi que pra isso eu tenho que ter paciência e não posso ser ansioso, tenho que estar atento aos sinais e me deixar transpirar à aquilo que acontecer, se permitir ser parte da vida de tudo que há em meu redor, observar analisar com amor tudo que está acontecendo tudo que vai acontecer e algumas vezes o que já aconteceu. Seja a vida que você admira no próximo, seja o que há de diferente em vc, hoje só querer ser não basta, preciso ser.

Tudo que estou sentindo é muita coisa, tudo está mais difícil de entender mas está mais fácil de assimilar, de assumir a validade de tudo que vivi e que venceu. E ao estar aberto a ver a vida que vive em tudo, sinto que estou criando valores sobre minha própria vida e reforçando os que pretendo manter. 

Relato 7

Bom, sinto a necessidade de fazer algo novo, parece que todas essas mudanças me empurrou pra isso. Mas será que preciso mesmo começar algo novo? Pensando bem sobre isso decidi dar mais tempo para as coisas que estou fazendo e observar-las de onde vem o que estou fazendo e qual objetivo disso que estou fazendo. 
Isso me deu a possibilidade de fazer a mesma coisa mas de forma completamente novo, sentindo que muito das coisas que eu estava fazendo também passaram a ser diferentes. Vendo um pé de limão eu percebi que o melhor limão não é o irmão mais novo é o limão maduro, é um limão com o tempo ideal de maturação. Então, o significado de novo se tornou diferente pra mim. E tudo pode ser absolutamente novo independente do tempo que aquilo existe. Renovar algo é uma questão de observar-lo com calma para entender o que pode ser feito com aquilo. Hoje eu consigo ver que o amor é mais ou menos assim ele tem começo meio e fim, e uma capacidade de renascer e de se tornar novo fantástica e infinita.

Relato 8.

Qual a real necessidade de eu ter o que tenho? Muitas coisas são somente um pretexto para suprir a carência que sinto causada pelo medo de não ter nada que me vincule a esse mundo, a esse dia a dia ou a um estilo de vida. Eu já não tinha muitas coisas, passe então a ter menos ainda. 

Ter alguns compromissos também fazem parte dessa minha reflexão, é necessário eu tenho esses compromissos? Alguns sim outros não. Porque durante muito tempo eu não valorizei alguns encontros, tinha pouca disposição em conhecer a família de quem eu estava me envolvendo. E achava que estava tudo bem em eu ser um grande parceiro no dia-a-dia mas não me envolver com a família. Mas esse tipo de compromisso é fundamental e mais do que necessário para entender e estar mais próximo ainda de quem se ama. Essa é uma coisa que tenho que ter, dentre tantas outras que estou me livrando. Isso vai ser essencial para quando eu tiver que ser essencial.

Relato 9.

Amor e paixão. Hoje cheguei a uma resolução, não a uma conclusão, isso não, porque só concluirei algo sobre a vida quando eu estiver morto e ao menos agora prédios altos não me apetecem mais, quero viver! A resolução é a seguinte a paixão tem começo meio e fim. O amor tem começo, meio e fim, mas renasce a medida que for amor. A paixão acontece por tudo, uma coisa, um esporte, um carro, uma pessoa seja ela velha, nova, gorda, magra, não importa, a paixão vem e completa sua sina, começa e empolga continua e encoraja e dai com o passar dos dias aquilo que havia no começo já não existe mais, então se torna muitas vezes um habito para quem não aceita o fim da paixão. 

O amor, o amor ele não tem pudor e nem credo vem e entusiasma, continua e constrói, e dai algum tempo depois ele acaba. Mas quando menos se espera, e se é amor, ele renasce e você o reencontra novamente no ser amado, nas coisas maiores ou nas coisas mais miúdas do dia a dia. 

Sinto que estou construindo algo interessante dentro de mim junto a todas essas mudanças e resoluções. 

Relato 10.

O quanto eu me amo? Será que é o suficiente? Será que me amo ou sou somente apaixonado por mim? Sinto que devo me dedicar mais a mim, observar a mim mesmo e ser o amor de mim mesmo. Uma vez que está mais claro hoje o que é amor pra mim devo internalizar isso e viver esse amor. 

Entender o que posso dar a mim mesmo e o que não posso. O que posso sentir por mim mesmo e o que não posso. O que consigo suportar de mim mesmo e mesmo assim ainda me amar e ser compreensivo e amar. Isso talvez demore, mas não tenho pressa. Não quero o amor efêmero ou líquido como prefere Bauman, quero amor constante, intenso e por isso devo construir isso em mim. Me entender mais e deixar com que eu ame a mim mesmo para poder amar sério a quem amo. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Primavera

23/02/15
É triste sentir saudade da primavera. 

Saudade que acompanha,
Que segue junto e distante.

Mas é quando chega o inverno 
Que essa saudade dói. 

O suspirar resfria meu sorriso. 
O frio corta minhas esperanças 
E deixa cicatrizes que marcam em mim 
A ausência dela, da minha primavera.

Quero voltar a ela, ficar junto só dela. 
E deixar me existir dentro de seu jardim
Tanto tempo quando houver no infinito. 

Quero beijar, de tua primavera, cada flor 
Até que meus labios frios
Se aqueçam e possamos conhecer juntos o amor, 

Significado de tanta saudade. 

É tão triste sentir saudade da primavera.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Errado

Cheguei cedo demais 
E encontrei a felicidade.
De certo modo
Tenho feito tudo errado.
Disse tudo que sentia 
Sabendo que talvez não deveria.
De certo modo
Tenho feito tudo errado

Ganhei os mais incríveis olhares
O mais lindo sorriso.
De modo certo
Tenho tudo feito errado
Toda a certeza e esperteza 
Se foram, restou a ansiedade 
E o medo de não fazer direito

Nos cabelos curtos, no corpo miúdo 
Que Some frente ao meu.
a esperança e a vida
Nascem a cada palavra trocada.
De certo modo
Tenho errado em todo feito

O querer ocupa tudo,
Com muita luz tudo está claro
Posso ver os detalhes 
As células de alegria.
De modo certo 
Tenho feito do errado, tudo!

sábado, 4 de junho de 2016

Como quer.

Então é isso? 
A atitude, eu tive quando você pediu, 
O carinho, eu dei quando você quis
Os olhares, eu troquei
Os abraços, eu compartilhei, 
Mas como vou atender a teus pedidos de não sei como você quer. 

Meu erro foi ser negligente,
O seu foi esconder de mim sentimentos. 
Que me mostrariam o jeito melhor de te amar. 
Não estaria me forçando a um falso amor,
Simplesmente mudaria para o que eu quero que é você. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Independencia, Liberdade

Tentando buscar da milha independência
Confundi o meu amor
E perdi minha liberdade.

Liberdade é poder escolher uma coisa dentre outras coisas.
Independência é não precisar escolher.
Idiotice é quando não se quer escolher.

Amor não se escolhe, acontece.
Se submeter a isso nada tem a ver com a perda da liberdade
Ou o afastamento da independência.
Ao contrario, está ligado a manutenção e aprofundamento.







Estar

Consegui dormir.
Não foi algo simples 
Meu corpo obedece a outra gravidade
Minha mente orbita outra vida
Minha alma está entregue a outro amor. 

Tudo ficou distante, 
Nada estava em mim.
Meu profundo desejo era ter tudo de volta
Mas não voltarão tão cedo.

Hoje tive minha primeira boa noite de sono. 
Não que as coisas tenham voltado a mim. 
Mas acostumei que meus pensamentos 
Não estejam aqui.
Que meu corpo 
Não esteja aqui. 
Que minha mente
Não esteja aqui. 
Que minha alma 
Não esteja aqui. 
Que você 
Não esteja aqui.

Deixei que dormissem fora,
Para que eu possa dormir aqui dentro. 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Deixar sem não se ter para onde ir.

Como deixar um lugar sem não se ter, para onde ir? Não é fácil, mas o que me moveu a sair daquele lugar foi a certeza de que nesse lugar eu não quero mais estar. O amor me moveu, o desejo, o carinho, a vida. Uma pessoa em especial e tantas outras que passaram por minha vida e apontaram, mas eu não fui atento a isso, ou não quis ser. 

São sinais, coisas bem sutis e pontuais que mostram, quase que todos os dias, um incomodo que vem de si mesmo e isso só vai crescendo. Parte de mim não entendeu e renegou isso em nome de um comportamento criado ao longo de anos baseado em convicções que fizeram sentido, mas hoje não fazem mais. Ignorei esses sinais como se eu não quisesse que parte de mim morresse, talvez por medo do luto e a dor que isso causa. 
Mas uma pessoa não, uma pessoa conseguiu ver por debaixo de todas essas idiotices, essas convicções e babaquices, o que realmente de legal e importante existe em mim e eu não fui atento a isso. 

Demorei, demorei muito, demorei pra caralho, mas percebi e estou deixando isso que fui morrer. Isso nunca vai deixar de existir, pois fez parte do que eu sou hoje, mas a partir de agora eu não vou mais deixar isso viver, isso não vai mais viver em mim. 

Mas eu tenho o direito de ser diferente? É justo com essa pessoa eu mudar? Pois se eu mudar talvez essa pessoa tenha que deixar de existir da forma que está e também mudar para encontrar o equilíbrio. Ou devo ser assim, babaca o resto da minha vida para dar conforto a quem apontava pra mim e dizia, esse sempre vai ser um babaca … não, eu quero ser essa pessoa que apontou em mim valores que eu não dava valor, que sorriu mesmo quando magoada, que chorou sem me contar.

Decidido isso, e agora? (Drummond me ajudando, como sempre, respondeu isso em: E agora José?) Mas eu, que não sou José, agora, tenho que me desculpar, sim, desculpa! A desculpa é um pedido. Só se deve pedir algo que você realmente queira, e eu quero, vou ser diferente. Desculpar-se sem ter aprendido com o erro, é como pedir algo que não se sabe se quer mesmo. Pra mim, agora, esse pedido é a única coisa a ser feita, pois sei o que quero, hoje mais do que nunca. Caso contrario eu calaria, então, me desculpa. 

Tive a certeza de que não mais vou cometer esses erros, porque eu não sou mais esses erros e não sou mais eles porque reconheci o quão mal isso fez a quem eu amo e a mim mesmo.

Tudo isso dói muito, dói demais da um vazio e de tanta dor, machuca, é foda! Mas eu estaria pior se não reconhecesse o que não quero mais, afinal isso me prenderia a um lugar que nunca poderia sair e não evoluir, e não crescer, e não desenvolver, e não amar. 

Hoje eu vejo claramente a arte que existe em perder, Elisabeth Bishop no poema The art of losing disse isso de um jeito realmente lindo, simples e verdadeiro. Não é fácil perder algo tão precioso, tão importante, tão forte e ao mesmo tempo tão frágil, não é fácil perder alguém que eu trouxe para dentro de mim, aprendi a conviver e inclusive a negar, negar os seus defeitos, negar o seu amor. Suas qualidades e defeitos eu conheço hoje melhor do que ninguém, aprendia a aceitar os dois, isso faz parte do pacote de mudanças, mas as coisas mudam, as pessoas mudam, eu mudei, e logo mais o tempo passa e eu já não vou conhece-la tão bem como a conheço hoje e o pior, o que mais me angustia é que não vou ter a oportunidade de estar junto acompanhado essa evolução, sendo um parceiro. Se eu fosse o tempo mostraria a você que mudei, mas não sou. Eu errei e o passado infelizmente não muda e isso dói, dói porque eu te amo, dói porque perdi esse amor que passou, dói porque perdi o amor que existe e dói porque perderei o amor que sempre vou sentir. 

Minha casa caiu, pegou fogo, explodiu. Fique assustado e com medo, mas eu fiquei feliz, o que eu quis deu tempo para salvar outras não e muita coisa, a maioria, eu deixei queimar com muito prazer. 

Enfim, depois de parar para refletir isso tudo vou continuar caminhando (não sem dor) e refletindo, tentado resgatar qualidades que desenvolvi, deixar coisas que perdi, reencontrar outras que ganhei e ainda as que vou conhecer e dessa vez estar atento a todas elas. As convicções e certezas ficaram para trás, o mal que elas trazem não é bom.


Ter calma, dar tempo ao tempo e praticar esse novo eu e ser maior … vida que segue. 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Fantasma.

Acordei, me espreguicei e levantei.
Coloquei uma roupa.
Estava frente a porta,
não lembrava se tinha escovado os dentes
não lembrava qual roupa eu havia vestido.
Voltei até o banheiro,
eu já havia lavado o rosto e escovado os dentes,
Tinha em meu bolso as chaves do escritorio.
Vi um fusca azul.
Segurei no corrimão gelado
apoiei minha cabeça em meu braço
o trem andava rápido
e eu não lembrava como eu havia chegado até ali,
olhei para mim no reflexo da porta
já tinha esquecido que roupa eu estava usando.
Eu tinha uma chave na mão
E estava dentro de uma sala,
cumprimentei os dois e começamos a reunião,
falamos sobre a politica e como as vendas estavam ruins,
eu não os conhecia
nao sabia o que faziam ali ou o que queriam.
meu prato estava vazio,
parecia macarrão com frango, não,
talvez fosse palmito,
mas eu não gosto de palmito.
O saldo estava baixo, por isso não paguei,
vou ter que negociar.
Eles falavam sobre alimentação
e como tudo havia mudado,
mas porque?
Senti o abraço forte dele
E eu perguntei a ele porquê?
Falamos sobre ela, como a amo
e o porque eu havia descoberto isso tudo tarde demais,
nos abraçamos outra vez
E perguntei, porquê?
Dividir aquilo me deixou aliviado.
Como assim?
Eu estou sem lentes de contato!
Bom, mas acertei a cesta de 3 pontos, então, tudo bem.
A moto quase me derrubou,
acho que foi a correia outra vez,
bom ja to perto de casa,
vou deixar a moto na rua do mecanico
e vou a pé pra casa,
Aqui é perto da casa dela,
Bobagem, vou fazer o que lá?
só faltava essa para completar meu dia,
Andando olhei para meu corpo,
eu havia esquecido o que eu estava vestindo.
Pensando a cada passo,
A cada passo pensando
Sentindo a dor e a agonia
De não estar em meu dia,
De não estar em seu dia.
Mas estar com você a todo momento
Em outro lugar, em meu pensamento.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lagrimas.

Hoje me apoiei em lágrimas. 

Mas lagrimas são agua e não ha como se apoiar e que se apoia em lágrimas se afunda, mergulha no sofrimento que talvez seja bom no futuro. 
Por vezes eu via quem estava a chorar no trem, no ônibus e julgava estranho, como pode alguém chorar assim, sozinho aqui tão repleto de pessoas. 
Imaginava que todas as lágrimas eram de amor. O que chegava o que partia, o que terminava ou o que nem começou, mas todas as lágrimas eram de amor, algumas de saudade, mas amor absolutamente na vida ou na morte era por amor que essas pessoas choravam.
Lembro que certa vez uma mãe segurava um bebê de poucos dias no colo, ela chorava. Chorava por amor à vida a qual ela era responsável e sentia medo do amor que tinha em seu colo, em não saber ao certo  se seria o seu amor suficiente aquela criatura vinda de seu ventre. 

Todas essas lembranças e todo meu amor, foi esse momento senti um formigar leve perto de meu nariz, soltei minha mão do corrimão do trem e fui coçar, meu dedos voltaram úmidos, perdi o equilíbrio e me afundei em lágrimas.  

domingo, 24 de abril de 2016

Apoio

Cada dia tem sido um novo dia, cada detalhe tem sido diferente, até mesmo os mais rotineiros tem sido diferente. Até mesmo os mais obvios são diferentes.
Hoje me apoiei em um filme, Train to Lisbon. Dialogos interessantes, roteiro bem amarrado. Senti vontade de conhecer Lisboa, passar alguns dias lá, mas não faz sentido. Não faz por que esse é mais um detalhe das centenas de detalhes que surgem ao longo do meu dia. Esses detalhes são insistentes, carregam com eles a lembrança de que não tenho você, e então o que fazia sentindo não faz mais.
Não faz mais porque perdi parte de mim em você, e o que ficou comigo já não reconheço mais. Não me vejo mais nas coisas que faço, não me vejo mais nas coisas que crio, nem caibo mais em meu corpo, pois tudo, cada detalhe é você e não mais eu.
Cada dia tem sido um esforço cansativo para ser quem eu era para me reconhecer no que eu era, ou quem eu era. No trabalho, na relação com as pessoas, no aconselhar a um amigo. 
Ficar sem ter o que fazer é o momento que mais tenho paz, que me traz mais tranquilidade, pois não preciso ser quem eu sou e então eu posso ser você. Eu posso ser teu cheiro, eu posso ser teus olhos, teu corpo, teus sonhos e teus medos. 
Fui tão irresponsável e negligente com você nesses últimos tempos que sinto vergonha de mim, reconheci que eu estive perdido todo esse tempo e que você me achou nesse emaranhado de coisas e mais coisas que não são absolutamente NADA, eu tenho sido nada. E no meio de tudo isso você conseguiu me encontrar.
Hoje a cada dia eu me apego a um novo detalhe para conseguir me reencontrar, mas eles são fortes e tão fortes não me aceitam assim fraco. O filme hoje me apoiou, os detalhes nele me apoiaram, todos esses detalhes diarios e tudo o que tem sido diferente, tem de certa forma, me apoiado só ainda não sei se esse apoio será forte o bastante para suportar isso tudo. 

terça-feira, 12 de abril de 2016

Linda.

É preciso dizer, linda.
O que sempre lhe dizia, linda.
Fabrico em mim motivos para dizer, linda.
Tudo que eu sinto por você só tem sentido quando eu digo, linda.
Uma confissão do que sinto, linda.
Olhar nos teus olhos, linda.
Beijar desesperadamente teu rosto, linda.
Antes de dormir sonhar, linda.
Sonhar viver esse sonho e sonhar, linda.
Despertar e encontrar a saida, em ti, linda.
Viver navegar e ancorar meu amor junto a teus seios, linda
Te encontrar em todos meus caminhos, linda.
Descobrir que minha casa é teu colo, linda.
Perceber que amar não há fim, linda.
Encontrar o novo no velho, linda.
Linda, como você é linda.
Linda, você é muito linda.
Linda é eu te amo.
Linda eu te amo.
Linda te amo.
Linda.
Te amo.
Linda.
Te amo.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Recebi de ti a Solidão.
Vinda de outra pessoa 
Conhecida por você
Entregue por você.
A mim. 

(pediram para lhe entregar)

Sem querer te magoar
Segurei tal pacote, 
Um presente segundo você 
Um fardo 
Para mim. 

Primeiro gelei, refleti e depois reagi
Argumentei, expliquei, justifiquei.
Aquilo não era meu.
Em vão.

O pacote já estava entregue. 
A solidão já estava nas mãos 
De quem a pertencia.

(é tua, pois não foste companheiro)

Sem querer te magoar
Calado, o peso do pacote carreguei, solidão.
Em solidão.  

Instantes depois, ainda sem jeito,
Sem conseguir e sem saber 
Como andar comigo a solidão,

Uma voz me chamou,
Não reconheci o entregador
Vinha com um pacote  
de: você / para: mim 

Sem querer te magoar 
Recebi, assinei e abri. 
Não sabia o que era
Coloquei junto a solidão.

Caminhei ... 
E aquilo junto a solidão crescia.
E fez crescer também a solidão.

Sem querer te magoar,
Sem saber como carregar. 
Eu havia recebido a Saudade. 

terça-feira, 29 de março de 2016

Quantos: "nem pensar,
Quantos: "imagina depois.
Quantos: "se é assim agora, não vai mudar!
Quantos: "eu não vou aguentar isso.

Muitos!

Mas que ficam tão pequenos
 perto de quando você está perto do meu corpo
  perto de toda a saudade que sinto quando não te vejo.

O segredo em beijar teus olhos.

Se faz necessario 
o encaixe perfeito dos labios, obviamente secos,
caber ermeticamente de ponta a ponta
Ponta de labio com ponta de silios 

Há tambem de ser tues olhos, puxados
Que escondem o charme de teu olhar
A profundidade camuflada no detalhe final de teus olhos 
bem ao lado do começo de teu naris 

É ali que quero viver que quero grudar meus labios
Prende-los no carinho dos meus beijos 
Afaga-los com todo o amor que sinto
Para que não vejas as coisas ruins do mundo. 

Meu beijo protetor da a mim vida 
Da a mim amor, 
Prazer de viver em um beijo
Toda a euforia de te amar 

Não é so beijar, tem que cheirar tua pele
Tem que estralar quando se tem saudade 
Tem que pressionar levente quando se tem tesão 
Tem que calar quanto quero cruzar minha alma com a tua. 
Fundir nosso passado e futuro
Pois no presente quero beijar teus olhos.
Vir rapido de onde se vem,
Sem perceber que horas são
Já se sabe que está atrasdo
Mas está lá, correndo contra tudo
Correndo por entre todos.

E é quando ali se pragueja o afeto pela mulher amada.
Quando não se espera o amor, tão intruso a meu planos
E é ali que se gora, sem intenção de impedir cada um dos sentimentos de amor
Por esse amor intruso.

Como quando no mar sabe que a onda vem
Fazemos um esforço leve contra mas querendo ser levado
Pelos braços morenos das aguas do mar.

Andar apressado, cada vez mais leve e terno
Como se carregasse desde o ultimo encontro
O abraço gentil que demos um ao outro
Como se carregasse o som estalar do estalar dos labios
Do beijo que dei em seu cabelo.

Se ve fadado a carregar tudo isso,
Lamenta enquanto a alma fica cada vez mais leve

respira fundo

E ali maldisse o novo amor
Sorrindo xingou, por estar lá sem ter como voltar
Sorrindo deixando levar por aquele sorriso
que do outro lado da rua ia me encontrar.

O Primeiro.

Escuro,
Mas não tão escuro 
Que eu não pudesse ver 
Que eu não pudesse tocar
Que eu não pudesse sentir 

Mas tão escuro que eu não podia falar. 
Não podia falar, 
Não deveria falar
Que pele macia, (eu te amo)
Que rosto lindo, (eu te amo)
Que cheiro gostoso, (eu te amo)
Que olhar apaixonante, (eu te amo)

Um arrepio frio e escuro me calou 
Não era o momento, 
Não era a hora, 
Seria loucura, 
Um desconhecido dizer isso tudo. 

Mas eu disse a pele
eu disse ao rosto 
eu disse ao cheiro 
eu disse aos teus olhos
eu disse a teus labios 
Eu te amo. 

O frio calou minha voz
E o escuro não foi o bastante 
Para que meus atos
Fossem de amor.    

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Não sei exatamente, 
Mas sei aproximadamente, 
Que o que vi, foi uma mulher. 
Tão contraditória quanto linda.
Tão insegura quanto confiante. 
Com tanta saudade quanto esperança.

racionalidade é uma coisa boba, 
Subestima sinais, sentimentos, detalhes que constroem algo tão óbvio, mas óbvio somente ao futuro. 

Ve-lá, não foi exato, 
Foi o aproximado, 
A aproximação de teu corpo
De tua bela consciência
De tua beleza certa.

É tudo espero que estejas próxima 
Deste meu sentimento 
Que só é exato ao querer você próxima. 


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

É triste sentir saudade da primavera. 

Saudade que acompanha,
Que segue junto e distante.

Mas é quando chega o inverno 
Que essa saudade dói. 

O suspirar resfria meu sorriso. 
O frio corta minhas esperanças 
E deixa cicatrizes que marcam em mim 
A ausência dela, da minha primavera.

Quero voltar a ela, ficar junto só dela. 
E deixar me existir dentro de seu jardim
Tanto tempo quando houver no infinito. 

Quero beijar, de tua primavera, cada flor 
Até que meus labios frios
Se aqueçam e possamos conhecer juntos o amor, 

Significado de tanta saudade. 


É tão triste sentir saudade da primavera. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Esqueci.

Por tudo que você representa pra mim e 
Por tudo que sinto quando estou com você

Eu não poderia esquecer o que esqueci.
Talvez qual quer outro argumento 
Fosse melhor neste momento.
Mas assumo, esqueci.

Não nego, 
Esqueci como quem esquece 
Que é feliz, na corria de um dia triste.

Eu vou pedir e adoraria receber 
Mas não precisa me dar teu perdão. 
Pois este erro não vou mais cometer. 

Mas que o esquecimento daquilo 
não signifique o esquecimento disso,
Disso que penso quase todas as manhãs depois de acordar
Do teu olhar beijando meus lábios 
Do teu cheiro encostando em meu rosto
Do teus tão mordíveis lábios em meus dentes. 

De apoiar forte tua nuca na palma de minha mão 
e esperar teu sorriso abrir pra mim.
Do frio que me dá sempre que vejo 
Você na calçada a me esperar. 
De como meu corpo fundi ao seu corpo
Instantes antes de sermos levados pelo sono.

Perdão!
Esqueci sim,
mas não esqueço 
o que a saudade
Faz questão de sempre me lembrar.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Eu queria.

Me apaixonar por você
Ser quem eu quero ser
Sem deixar de estar com você.

Sentir o amor
Deixar o amor
E amar, amar sem tocar.

É .... assim eu posso amar.
O que ele me deu
Eu já o dei antes

Mas o que vão pensar
De mim assim nua,
Devo me cobrir

Mas sol é tão bom
Quando toca uma parte de meu corpo e
Chama em chamas o resto dele a dançar.

O sol é o amor
Aquece meu corpo
Hoje tão coberto.

Mas devo me cobrir
O que vão pensar
Se eu amar, deixo de te amar

O amor que ele me deu
Não vou retribuir.
Reprimir para não confundir

Eu sei, já decidi. Obrigado!
Não vou amar, pois já amo

Amo e muito,
A quem já deixei de amar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tenho a dizer.


Inesperadamente sua imagem surge em minha frente e um sonho momentaneo se tornou real.
Você, imensamente bela, está ali, simétrica de sorriso largo e olhar sincero.

Tua imagem me convida a ultrapassar o sonho, a imaginar a delicia que seria se eu pudesse lhe encontrar e contar a você da sua enorme capacidade de realizar o sonho de um total desconhecido e que mesmo momentâneo, dizer a você, que você tem a capacidade de realizar sonhos.

...

Obvio que não há pretensão alguma de que minha imaginação se faça real ao lhe encontrar. O fato é que aprecio o humano em contato, a troca de olhares, o tom das palavras, a origem dos sorrisos e as imperfeições dos atos, pois, é ai que se dá o surgimento do novo, ao encontrar.

Neste contexto a decepção é um fato menor, muito menor do que a angustia de negar um sentimento a quem o fez brotar. Não devo negar a ti algo tão belo e sincero, que você provocou em mim. Mesmo que seja breve este sentimento, não devo nega-lo.

Confesso, não é facil transmitir apenas em palavras a gratidão que tenho por teu encanto e o quanto você encanta. Esta é a penas uma breve tentativa.

....

Ter uma vida livre me fez consciente de que a presença da liberdade é tão angustiante quando a ausencia dela. A liberdade nos apresenta oportunidades infinitas, mas que angustia quando se decide por apenas uma delas. Por isso escolhi não negar o que sinto e nem negar a quem sinto, desta vergonha eu já não sofro mais, porque esses são valores naturais que hoje carrego em mim.

Escolhi não barganhar a paixão, não jogar com o apreço e a não me apequenar mais diante do instante. Se gosto digo, se não gosto respeito, mas se perguntado digo também. Tanto isso é tão real - o gostar - que disse tudo isso a você, sem nem mesmo você me perguntar.

....

Preciso dizer que você me fez mais leve ao te encontrar.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Maria.

Maria. 

É tão clara a inspriação
Que você me traz.
Que não há por que negar seu nome Maria Clara. 

Mas,

Há de se pensar.
Quanto vale está clara inspiracão?

Outrora

Valeu a conquista e criação de imperios,
Valeu a destruição destes também. 
Valeu a construção do Taj mahal
Valeu a criação das mais belas sinteses poeticas. 
Valeu incrivies canções.
Criou medos e também os destruiu. 
E Valeu a invenção da vida. 

Apesar

Do entusiamo que você me inspira,
Não tenho a capacidade de produzir
O que outros fizeram ao portar tal sentimento.
Me sinto raso diante do sublime,
E me entrego ao seu valor. 

E vale,

Vale a imensidão de meu sorriso simples 
Sempre que penso em vc.
Vale estes vesos bobos, 
Que tentam retratar justamente a graça - sublime - de você.

Maria Clara,

E se esse retrato fosse edificado,
Taj mahal seria somente 
um pequeno sobrado.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A culpa



Por um acaso eu te vi
E a partir dali menti sem parar.
Menti ao dizer verdades a ti.
Busquei motivos
Pra encontrar os olhos 
Que por trás de teus óculos 
Ficarão lá, atentos a milha alma 
Pairando sob teu sorriso
Que quando finda.
Abria as portas do calar hipnotizante 
Que existe no segundo 
Em que cerras teus lábios
E da de volta teus olhos aos meus olhos. 

Por não poder me entregar a você

Me entrego a um profundo respirar, 

finjo bocejar 

E Minto novamente. 

Começo a descrever mas ...
Não sei se digo ou escrevo.
Não sei onde escrevo 
Se no passado contigo,
Se no presente te vendo, Ou, 
se por acaso penso no futuro. 

Então é aí, escrevendo errado dizendo fora do tempo
Que vem, veio ou virá
A maior mentira de todas:
Que é culpar o acaso,
Simples espectador,
Da história de nos dois e
Do seu viver dentro de mim. 





sexta-feira, 4 de abril de 2014

Me dizem: Um dia você vai achar alguém.
Eu achei, o que acontece é que eu vivo
Os amores que eu acho.

sábado, 29 de março de 2014

Sob a luz, adivinhar é fácil. Adivinhar, sentir, saber e provar é muito fácil. Mas no pesar da visão turva Sentir aquele peso sombrio, Da ausência da razão e ainda assim conseguir sentir a paz residente na certeza De saber que ainda és: Capas de amar, Não importa a lama, o escuro, a morte e a dor, no longo ou breve caminhar.
Isso e somente isso.
Faz da capacidade de adivinhar o delicioso gozo De viver amar. De amar viver.
Foi eu quem escolheu assim.
Sinto tanto, pois hoje sei, que
Deixei e descuidei
Quando eu pude cuidar
Não cuidei.

Foi quando caiu
Na 376 vez
Que cai em mim.

Cai triste e fiquei por la,
Por saber que já perdi.

Mas saber é ainda pior
por que sei que ainda
Te amo e te amo tanto.

Mas tenho que deixar,
Já caiu e não sei como juntar os
Cacos do respeito quebrado.

As gotas de meus olhos
Não grudam mais.
Mesmo sendo as gotas
Tão claras, transparentes
o suficiente pra ver vc,
que é o meu amor, dentro delas,
Já não te basta mais.

Claro, que te amo
E te amo tanto
Que gostaria que o amor fosse escuro.
Escuro o suficiente para que
Eu não pudesse ver
Para que eu não pudesse te deixar
Para que eu pudesse colar.
Para que eu nao entristecesse
Para que eu pudesse cuidar
Para que eu não deixasse cair.

Mas é claro e caiu,
Eu te amo e não é o bastante.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

É de manha.

Acordo num branco imenso,
Me sinto sozinho e procuro o amor.

Que frio que me da.

Me perco, não sei por que sou
De onde vou e como estou.

Num susto penso na morte.

Na ponta de meus dedos
No terminar de minhas unhas
Sinto um calor proximo e radiante.

Que dor que me da.

Uma dor capaz de acalentar
E dar destino a busca.
Dor que dói feliz.

Como num despertar 
O calor agora começa a se espalhar
Passa pelos dedos
Corre pelas minhas mãos
Estaciona no meu colo.

Ainda doí.

Noto e percebo um espaço
Que esvazia, da medo e esfria.
Um espaço branco
Repleto de escuridão que.
Angustia tanto quanto a perda.

Me leve e me deixe junto a teus fantasmas
Me entregue, deixa que eu lute.
Passo faca, faço aleijado e mato.
A quem te assuste.
A quem nos deixe espaço.

Agora já reconheço tal calor,
Como é velho pra mim o teu desabrochar
E seguro o perfume que exalas ao despertar.
Seus segredos não soam como novidade,
Teus corpo repleto de marcas, me guia
Como as estrelas guiaram
Numa noite antiga
Os antigos navegantes
Pela escuridão antiga
Por prazeres novos e 
Através dos perigos dos mares antigos.

Dai então. 

O espaço que não ocupas ao meu lado
Se transforma num universo imenso.
Um espaço vago de onde se vive com tristeza
Saudade e melancolia.

Por isso vem ca, (meu amor)
Me da teu braço, (meu amor)
Junta teu corpo no meu (meu amor)
Num deixe sobrar um milímetro (meu amor)
Um vacuo, um átomo e nem uma partícula entre nos (meu amor)
E Por favor faça com que eu não te largue nunca mais, (meu amor)

Para que assim.

Deixemos unir nossas almas a esta cama
A estes lençóis brancos
A esta irradiante luz que surge e
Cria o universo de nós dois.

Em.

De encontro com o obvio
Negas que tua alma encanta
Mas até no teu errar você encanta.

Você encanta
Isso é tão claro quanto
A presunção de um mestre
Que leciona numa escola qual quer.

Você aproxima a intenção e ato
Paixão e amor
Fome e saciedade
Tudo num so gesto.
Tudo numa só alma.

Do nosso virtual encontro
Ultrapassamos o fato da distancia
E como uma velha canção que ao nascemos
Já sabemos cantar
Sei que é antigo nosso encontro,
E tenho claro todos teus encantos.

As Maças na face encantam com bondade
Os olhos, tem o prazer do raro.
O sorriso carrega o universo infinito
De quem traz a luz dentro de si.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Choro palavra.

Sem pretensão palavras não deixam de ser palavras,
Portadoras de um sentimento, que vem de um pensamento
De se viver melhor.
Por vezes palavras se vão, partem sozinhas
Mas sempre ao de trilar um caminho
Deixando marcas de dor, medo, odio e também de amor,
De carinho.

Foi então que aconteceu.
De palavras sem pretensão
Surgiu a intenção, um espanto bom.
E depois de um abraço dado
Surgiu um chorinho,
Não um choro desses que acompanham
os tristes por ai, mas um choro canção.
E nele eu dizia as mais de mil formas de encanto
Que vc me provocou.
Dai as palavras cresceram
Se preenchendo de boas intenções,
Carinho, afago, segurança e amor.
E destas palavras pesadas
O choro nasceu.

A dor da chegada se esconde
Por tras do sorriso teu.
Fugas, a felicidade vive em teu olhar
Que brilha pela saudade
Do que ainda há de chegar.

Tua simplicidade não cabe em ti
E transborda pelo teu corpo perfeito,
Hermeticamente desenhado para abraços,
Aconchego exato de quem ficou pra trás.

Teu futuro é tão indecifrável
Quanto o que vc sente, pois
O tempo se foi e o vacilo é relativo.

Tens a grandeza rara
E sublime da mulher forte e simples.
Que arranca das entranhas de quem nota.
O delicioso fascínio que existe em te contemplar.

Há facilidade de encontrar
O equilibrio em você,
A paz em teu colo,
A compaixão em teu pesar,
E o amor onde vc for estar.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sopro.

Aquecendo meu colo
Chegou teu sopro de agonia.
Pude sentir a dor
De teu alito aflito
Por amar.

Mas, 
Para amar,
Sopro tem que se entregar. 

Tortuoso, o sopro
Desvia teu amor do destino óbvio e
Cobre com lã o teu peito, 
Tão firme quanto o orgulho vívido no teu alito.

Que logo mais há de murchar
Quando então passe a imaginar.
Que sopro teu pode nunca mais voltar.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Claro

É! 
É ...
É fato que, 
É fato que teu olhar ...
Ele, sem nem mesmo eu ... 
Saber o por que,
Me convenceu de tua dança. 
Tua dança, doce.
Teu olhar que ainda nao da para dizer de como é, do que é. 
Teu olhar é de dança! 
Teu corpo é de dança.
Você é dança, mas nao dança pura e simples! 
É de alma,
É alma com dança,
É dança com erro,
É erro com corpo,
E corpo com sorriso, 
É sorriso que se casa em destino,
É o gostoso momento que se apaga, e se entrega 
Ao encontro de duas almas. 
Que dançam ...

Claro

É! 
É ...
É fato que, 
É fato que teu olhar ...
Ele, sem nem mesmo eu ... 
Saber o por que,
Me convenceu de tua dança. 
Tua dança, doce.
Teu olhar que ainda nao da para dizer de como é, do que é. 
Teu olhar é de dança! 
Teu corpo é de dança.
Você é dança, mas nao dança pura e simples! 
É de alma,
É alma com dança,
É dança com erro,
É erro com corpo,
E corpo com sorriso, 
É sorriso que se casa em destino,
É o gostoso momento que se apaga, e se entrega 
Ao encontro de duas almas. 
Que dançam ...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

É facil dizer que tua lua é linda,
Que teu rosto é inconteste,
Que tudo em você é armoniosamente lindo 
Que tua vida é bela,
E que teus caminhos são o amor.

O quão gosto é passear na palma calma de tua mão.
Nem a nicotina mata teu cheiro bom.
Meu santo bateu e fundiu com o teu santo.




sábado, 26 de janeiro de 2013

Ninguém se molha nessa epoca do ano.
Se pinta de carnaval.
Chinelos novos.

Como é bom calçar chinelos novos,
Sentir a felicidade de algo novo abraçar teus pés.
Perceber que se leva um tempo até que ele se acostume a você
E que vc se acostume a ele.
Alguns poucos e bons amigos
Em muitas das vezes notam que
Você está de chinelos novos.
Notam mas não ao olhar para teus pés
Notam ao olhar a felicidade em tua face.

É gostoso antes de dormir recostar
Os chinelos sobre o pé da cama
E dormir de pressa para amanha sentir
aquela camada de amor que protege nossos pés.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Teus carinhos são gotas frias que escorrem por teu corpo.
E caem em meu peito.
Peito que aquece o gelo duro que forma sua alma.
Lhe escrevo poemas, te seguro pelas mãos e te levo ao samba.
Você diz que não quer sambar.
Se lhe escrevo poemas


Tá bom!
Se for pra ser assim
Ficarei de olhos fechados
E nunca mais vou abri-los.

Não quero ver a lua, nem o Sol.
Quero esquecer a docência das estrelas
E fechar os meus olhos
Para sempre.

Pois se em um piscar
Estes meus olhos
Me transportam, e me carregam
em uma pluma até você.
Fico a imaginar que de olhos fechados
Passarei a viver a vida inteira ao teu lado.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entendimento

Entendo que teu olhar tem um peso ermo que faz de teu corpo um sitio seguro a minhas angustias.
Entendo que teus braços repletos de abraços envolvem minha alma.
Entendo que teu ceios calam a minha ansiedade.
Entendo que teu cheiro negocia com meus desejos mais sórdidos e proibidos.
Entendo tuas palavras pronunciado o futuro sagaz que teu caráter vai traçar.
Entendo teus medos são raises do teu bem querer, do teu ser.

Mas nao entendo teu sorriso ser assim tao lindo. Nao entendo o pq os aponta pra mim uma porção de sorrisos tao belos assim. Nao entendo como cabe tanto entendimento em um so momento.
Tudo que la estava:
O mar, as ondas 
Os peixes, os passaros
O ceu, as nuvens 
Os barcos, as pessoas
A tranquilidade, as perspectivas 
A eternidade, o instante 
A vida e a morte. 

Como cantar de uma sereia 
Tudo que la estava 
Me chamava e me atraia 
A toda infinitude de tudo aquilo que lá estava.

O dia passou 
O sol cessou
As estrelas chegaram
Mas tudo continuava lá

E no outro dia 
Estava tudo lá em 
O mar, as ondas 
Os peixes, os passaros
O ceu, as nuvens 
O Sol, o por do sol
Os barcos, as pessoas
O laranja, o verde. 
A tranquilidade, as perspectivas 
A eternidade, o instante 
A vida e a morte.

Mais uma vezes 
Eu estava lá 
Atraido, hipnotizado
Por tudo que lá estava.

O dia passou 
O sol cessou
As estrelas chegaram
Mas tudo continuava lá.

Um dia a pós o outro
Tudo seguia mas 
Era tudo mais forte, 
Tudo cada vez mais lindo
Até que ela passou. 

E tudo que lá estava
Estava nela. 
O mar, as ondas 
Os peixes, os passaros
O ceu, as nuvens 
Os barcos, as pessoas
A tranquilidade, as perspectivas 
A eternidade, o instante 
A vida e a morte. 




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

De mensagem a mensagem
Ela tapa os buracos que existem
No silencio que existe ao estar com outra pessoa
Mas mesmo assim estar sozinho.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Disseram que ela Chama
Disseram que ela Fala
Mas Mangueira não fala.
Mas Mangueira atrai 
Mangueira é morro
Mangueira é Verde.
Mangueira é Rosa.
Mangueira é terra, água e pedra
Pedra capaz de fazer brotar em tua terra
Mais de 90 flores.
Em Mangueira brotam Cavaquinhos.
Brotam Sargentos,
Brotam Cartolas que vestem
As cucas de bons sujeitos por todo o Brasil
Em tua nascente Mangueira, Brota Cachaça,
Brota Buarque, Brota Antonio
E brota Brasileiro.
Brota Jámelão.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Canta

Seu corpo canta
E canta muito
E canta alto.

Canta tão alto que alguns ouvidos não suportam ouvir.
Mas canta no tom ideal,
Numa melodia tão perfeita
Que apaixona a quem
Toca, Sente e ouve
O teu corpo Fernanda
Que dança ...
O teu corpo Fernanda
Que canta.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu não vou sozinho ...

Vou eu e meu desejo.
Vou eu e minha vontade.
Vou eu e meus sonhos.
Vou eu e meus medos.
Vou eu e meu amor.

...

Vou eu e minha esperança
De deixar tudo isso em tuas mãos
E voltar sozinho ...

Eu e a saudade.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

E se a dedicação tivesse que deixa-la?
Seria indiferente talvez.
Seria inerente a toda 
A toda sua desconhecida reciproca.

A afeição se machuca facil,
Reconhece e sempre perdoa
Mas não esquece tal chaga
Nem quem quem deixa a ferida viva
Pois feriada aberta que nao dedica, nao se fecha.



quarta-feira, 4 de julho de 2012



só é triste
contar todos os finais de semana
e somar aos dias
quer poderiamos estar juntos
mas foi vc quem escolheu
nao estar comigo
enquanto isso o tempo passa
e a vida cobra caro
o preço do tempo que se passa, que se perde
Só é triste
contar e realizar tanto tempo
que estamos a disperdiçar
desperdiçar
os sorrisos que perdemos
os abraços que deixamos de dar
os suspiros e os cheiros de nos dois juntos

que estamos perdendo
por nao se amar
mas é vc quem escolheu

Que fosse assim
preferiu viver outras coisas, festinhas, encontros em programas locais
ao inves de estar perto de mim
...
era isso q eu queria falar
e q isso doi ... mas doi demais !!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

vc nao acredita em mim


Você ainda ha de concordar comigo
O que vc fez foi maldade
Faltou com a sinceridade
E me tratou como inimigo.

Logo eu que nunca te desrespeitei
Te fui forte e concreto
Te dei carinho e até meus amigos deixei
Para saciar teus desejos
Cortejar

Minha casa foi tua patria
Minha alma tua morada
Minhas lagrimas hoje matam tua sede
Meus lamentos nao sao mais de seu interesse.

Voce ha de concordar comigo
Pois sei que no fundo, onde nao se assume, vc se arrependeu
hoje nao tens mais minha consideracao
e muito menos o meu perdao.
Nao quero te ver agora
Encontrei o meu amor.
Por enquanto te deixo

O que doi mais é saber
Que assim que meu amor se afastar
Vou correndo te encontrar
e me entregar novamente a voce
Que só faz maldade comigo, Saudade.
Saudade
Que só faz maldade, Saudade.

sábado, 2 de junho de 2012

Nao há nada
No mundo todo
Que justifique
A desilusão que existirá
Quando eu procura 
O um sorriso 
E nao te encontrar

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Você recebeu flores e sorriu
Mas depois diminuiu
O sentimento tão bom
Que vivia dentro de ti, dentro de nós

Você tratou tua felicidade
Como panfleto de papel
Desses assim que se recebe em uma rua qual quer
De um alguém qual quer.

Pensas que a ofertaram tais flores
Por estarem cegos e perdidos de amor
E vão grudar e perseguir
Até conseguir de ti um beijo teu corpo e teu amor.

Mas no mais das vezes
Tu já entregas o teu amor sem de fato consumar e
Essas flores são somente uma gentileza
Uma forma de retribuir o amor e a alegria
Da felicidade que é estar perto de você.

 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Não combina com você
Roa ossos duros por ai
Mas isso não tem nada
nada a ver com você.

Esbraveje, rogue pragas
Chute trabalhos
Roube oferendas
Blasfeme cuspa
Ria em velorios
Mas isso que você fez
Não combina com você

O silencio dela
Acaba comigo
E faz dela
A mais desejada
De todas as donzelas.

Não sei por onde anda
Nem o que aconteceu.

Padeço ao pensar no silencio dela
Na quietude daquela boca,
Nos labios serrados.

Sofro por lembrar da afeição contida naquelas palavras
Que tanto ouvi ela dizer
De uma maneira tão graciosa
E que somente aqueles lábios saibam como fazer.

A dor desoladora do guardar daquelas palavras
Já me fez esquecer as promessas ardilosas
Os beijos ardentes
E outras tantas coisas que boas só aquela boca
Pode me proporcionar
Mas que hoje sofro pelo simples fato
Daqueles lábios e daquela boca se calar.


quinta-feira, 3 de maio de 2012


De tudo tu me provocaste
Dentro disto que tu és,
Pois es mulher.
Mulher que nao se tem
Mulher que nao se toca,
Mulher que nao se vê!
És mulher que se sente.
E se encontra a imensidão bela e única
Que esta entrelaçada em estreitos nós que tecem a tua consciência
De ser e se saber mulher.

Tu provocaste de tudo em mim,
Ate mesmo a insanidade.
Que pode, mas nao há de ser justificativa do desleixo meu.
Mas que seja abençoado tal ato de tua suave grandeza de Mulher.
Pois hoje e somente hoje eu sei que a saudade
além possuir o dom da dor e da felicidade.
Possui o perfume discreto e sincero do cheiro teu.
O cheiro único e teu
O teu cheiro de mulher.

sexta-feira, 27 de abril de 2012


Ela disse que gosta de mim.
Que até mesmo pode ser que queira os meus carinhos.
Talvez de repente uma conversa, com sua cabeça recostada em meu peito e seu corpo por entre meus braços.
E quem sabe beijo depois do silencio ermo de nossos sorrisos.

Ela disse que tenho todo o tempo do mundo
Mas eu não tenho, mas ela disse que gosta de mim e que o segundo seguinte duraria uma hora inteira.
Estou distante e sei de cor como é essa saudade estranha
De algo que ainda não vivi mas que vive nesse segundo.
E que me arrepia e me atormenta e me alegra
Pois ela disse que gosta de mim.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Enquanto eu encontro amigos
Enquanto ecoam suas  verdades
mas que a mim me chegam como mentiras
Bebo em um vazio tremendo
Escrevo poesias para mulheres
Que nunca terei
Poesias que no fundo
Falam sempre de ti.

Agora você se diverte
Com meus dubles
nos shoppings cinemas bares e restaurante
Enquanto vc vê, ouve, toca
E sente coisas que te fazem lembrar de mim
E ainda sentir saudades de mim.

Dpois disso tudo se você
Ainda me quiser
Vou estar aqui pra te dar
Muito carinho
E sempre uma nova poesia
Querendo te mostrar

*Tome cuidado, e não demore a voltar
e me de atenção pois carinho
Sempre, sempre vou lhe dar
Mas as poesias nem sempre de vc
Elas poderam se tratar

sábado, 28 de janeiro de 2012

Te acho tão bonita.

Quando olha o chão
E com três dedos
Ajeita teus cabelos
Por de trás do alargador.

Com a cabeça inclinada (olhos ainda para o chão)
Diz me alguma coisa
Que não dou a minima atenção.

Quero que repitas, bonita
Não, não a frase.
Tua bela e charmosa ação.

Vigiar Iara.


Iara saiu das águas
Iara criou pernas
Iara viu em mim um mar
Iara quis aprender a sambar.
Iara veio me vigiar.

Iará carregava em si um pedaços de mar
O cabelo negro, lindo.
O cheiro bom, intenso.
A pele clara, macia.
Gingado suave, um balanço de mar.
Iara esteve aqui para me vigiar.

Iara sambou
Iara festejou
Iara viveu
E Iara amou a vida fora do mar.
Iara não quis mais voltar.
Iara escondeu a tristeza
Iara sorriu
Iara continuou a sambar
Iara veio me vigiar.

Iara Lamentou:
"Ai quem me dera
Pudesse sempre sair do mar"
Mas casa de Iara é o mar
Iara sorrindo pediu um caminho.
Levei então Iara ao mar.

Agora sou que espero Iara voltar
E vou ao mar
Para Iara vigiar.

Pedacinhos.


Não olhei para teus cabelos
Passei direto pelo teu sorriso e
Em apneia ignorei teu perfume.

Não quis nem encostar,
Nas curvas de seu corpo.
Neguei até seu abraço.

Fui fiel e me entreguei somente ao toque de tua mão
Macia, delicada e nunca sozinha veio acompanhada da outra
Linda, cheia de dobrinhas perfeitas e suaves
Repleta de dedos elegantemente longos
Que pareciam já nascer sabendo como acariciar
E ao mesmo tempo entregar
O um aconchego em pedacinhos de amor
Que ficaram para sempre impressos
Em minha mão, em minha pele, em meu rosto.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Passos

Sob um céu de estrelas incertas
Mulheres lindas e convictas se vestem imponentes
Com seus mais belos medos
E a mais profunda e insegura certeza.
Passam tão cheias de pudor
Que não notam,
Mas estão mais nuas do que a lua.

E bem de certa maneira
Talvez o certo é dizer: De maneira perfeita.
Vejo Paula passar,
Ainda pra mim (naquele momento)
Apenas uma menina.
Mas não uma menina qual quer,
A Menina. Diferente de todas as Mulheres lindas,
Que lá estavam.

Paula passa
E honesta, distribui olhares
Em passos hora apressados, hora lentos.
Como pode tal honestidade em passos
Penetrar tão profunda pela madrugada a dentro,
Através daquele simples sorriso meigo,
Com os olhos de lado,
Que é dado ao chão.

Esse olhar extraiu, roubou ou furtou
Toda a beleza de tudo que é belo
Não só nas Mulheres lindas
Mas do céu e da Natureza desse lugar.
Quero então, agora ser chão,
Receber seus sorrisos, buscar seus olhares.
Ser massageado por seus passos.
 Observar o seu “dispensar sutil”
Sua simpatia infinita e seus sustos
Ao aproximar bruto de uns e outros.
Quero encontrar meu chão em ti Paula.

Não chego a tempo!
Perco meu chão!
E perco tudo que era belo e lindo
E toda a Graça desse lugar maravilhoso.

Ao chegar em casa encontro minha rotina.
Tiro minhas roupas estendo-as no varal
Tomo um banho escovo os dentes
E penso antes de dormir
Como deve ser agora a rotina de Paula
Estender seus olhares no varal
Banhar sua simpatia, enxugar seus desejos
Escovar todos os seus sorrisos encantadores
E dormir com beleza de um mundo todo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

"Nem sempre para amar é preciso dizer, desejar ou muito menos tocar, mas o olhar, o respeito e o silêncio são imprescindíveis para fazer da admiração a mais forte, e bela e terna forma de amar."

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

De mensagem em mensagem
Sua repentina suplica
Cavou fundo a esperança miúda,
Escondida na desilusão discreta
Do meu dia dia.

Aflita esqueces o que estavas em tua mão,
Mas não liga sorri ao vento
E sem o menor intento
Um outro que não sou eu
Caça em ti o momento eterno
Que não estás ali.


Em despedida me afaga
Ao dar-me um beijo mas
Distraída, voltas a cantar pra mim
Melodias e canções e detalhes
que

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

certeza

De repente senti a total ausência do tempo,
Desatinei as palavras e
Percebi a grandeza que vive em ti.

Vi e quase pude tocar
O branco puro, aconchegante e sincero
Que existe em sua alma.
Notei a beleza infinita que há
Na insegurança que certas vezes
Vaga em teu olhar.
Que provoca nesse instante
A boa saudade de um futuro bom.

É gostoso estar com você
E atentar as essas núncias, perfeitas,
Que só se revelam em ti.

E que revelam em mim
O singelo fato de carregar apenas uma certeza
O desejo profundo de conquistar em ti
Um próximo sorriso ...