quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

É de manha.

Acordo num branco imenso,
Me sinto sozinho e procuro o amor.

Que frio que me da.

Me perco, não sei por que sou
De onde vou e como estou.

Num susto penso na morte.

Na ponta de meus dedos
No terminar de minhas unhas
Sinto um calor proximo e radiante.

Que dor que me da.

Uma dor capaz de acalentar
E dar destino a busca.
Dor que dói feliz.

Como num despertar 
O calor agora começa a se espalhar
Passa pelos dedos
Corre pelas minhas mãos
Estaciona no meu colo.

Ainda doí.

Noto e percebo um espaço
Que esvazia, da medo e esfria.
Um espaço branco
Repleto de escuridão que.
Angustia tanto quanto a perda.

Me leve e me deixe junto a teus fantasmas
Me entregue, deixa que eu lute.
Passo faca, faço aleijado e mato.
A quem te assuste.
A quem nos deixe espaço.

Agora já reconheço tal calor,
Como é velho pra mim o teu desabrochar
E seguro o perfume que exalas ao despertar.
Seus segredos não soam como novidade,
Teus corpo repleto de marcas, me guia
Como as estrelas guiaram
Numa noite antiga
Os antigos navegantes
Pela escuridão antiga
Por prazeres novos e 
Através dos perigos dos mares antigos.

Dai então. 

O espaço que não ocupas ao meu lado
Se transforma num universo imenso.
Um espaço vago de onde se vive com tristeza
Saudade e melancolia.

Por isso vem ca, (meu amor)
Me da teu braço, (meu amor)
Junta teu corpo no meu (meu amor)
Num deixe sobrar um milímetro (meu amor)
Um vacuo, um átomo e nem uma partícula entre nos (meu amor)
E Por favor faça com que eu não te largue nunca mais, (meu amor)

Para que assim.

Deixemos unir nossas almas a esta cama
A estes lençóis brancos
A esta irradiante luz que surge e
Cria o universo de nós dois.

Nenhum comentário: