segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lagrimas.

Hoje me apoiei em lágrimas. 

Mas lagrimas são agua e não ha como se apoiar e que se apoia em lágrimas se afunda, mergulha no sofrimento que talvez seja bom no futuro. 
Por vezes eu via quem estava a chorar no trem, no ônibus e julgava estranho, como pode alguém chorar assim, sozinho aqui tão repleto de pessoas. 
Imaginava que todas as lágrimas eram de amor. O que chegava o que partia, o que terminava ou o que nem começou, mas todas as lágrimas eram de amor, algumas de saudade, mas amor absolutamente na vida ou na morte era por amor que essas pessoas choravam.
Lembro que certa vez uma mãe segurava um bebê de poucos dias no colo, ela chorava. Chorava por amor à vida a qual ela era responsável e sentia medo do amor que tinha em seu colo, em não saber ao certo  se seria o seu amor suficiente aquela criatura vinda de seu ventre. 

Todas essas lembranças e todo meu amor, foi esse momento senti um formigar leve perto de meu nariz, soltei minha mão do corrimão do trem e fui coçar, meu dedos voltaram úmidos, perdi o equilíbrio e me afundei em lágrimas.  

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