segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sete as Onze.

Acordei as sete da manha, feliz.
E na certeza de um amor,
Beijei o café, amei o pão.
Sorri pro trem.
Conversei com o céu.

No trabalho, com tempo flertei.
E no almoço, ah o almoço ...
Um virado a paulista foi
O fruto criador do futuro
Que imaginei com a couve refogada
E o arroz soltinho como nosso amor,
Como meu amor.

Planejei viagens com a laranja.
E passeios com o pudim.
Abracei o garçom,
Belisquei o camelô,
Provoquei o bancário.

Massageei o produto,
Flertei com tempo o café e beijei o tempo.

Dancei com o transito
Cantei com o motoboy.
Que ao cair da tarde eu ia lá, ver meu amor.

Quando cheguei, esperei.
A tarde caiu.
Com estranhos divaguei
Flertei com a volta
Me casei com a espera.
Me divorciei da ansiedade e esperei.
Esperei...

Mas ela não esperou.

Com o carro lamentei,
Com o porteiro mudei de assunto,
Tomei um porre com minha cama
Paquerei a tristeza,
Desabafei com o lençol.

Que acordei amando

Mas vou dormi as onze chorando.

Um comentário:

Malkzinha disse...
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